terça-feira, 3 de outubro de 2023

Ode aos Antepassados

Em minhas veias mulheres indígenas de São Paulo Potira(s) Bartira(s), Tibiriçá(s) circulam, amam, renascem dançam seus ritmos tribais Ainda geram as forças que impulsionaram seus descendentes à coragem de bandeiras seguirem chegando a Minas Gerais Em minhas veias também soam tambores, surdos africanos deslocados por mares atravessados até se unirem aos povos vindos da distante Portugal e aos indígenas originários pra viverem nas Gerais Em minhas veias, o banzo de quem saudades sentiu alguns aventureiros, outros exilados Buscaram terra nova fugiram de muitas guerras e, sendo judeus asquenazitas buscaram uma vida em paz Em minhas veias um rio e muitos afluentes passaram pela África, Itália, Portugal vieram pelo Oriente Médio navegaram oceanos diversos aportaram em nossas montanhas e aqui fizeram um lar Em minhas veias Sigo Aída guerreira ouço fados e cirandas danço valsas vienenses ou bailo a tarantela Também can-can, flamenco Faço soar castanholas, aprendo a dança do ventre e a sensualidade do Egito guia meus movimentos Em minhas veias, todos navegam Ouço-os, vejo, sinto, imito recebo por herança e agradeço! Biláh Resultado de DNA feito através do My Heritage:

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