Foto na Praça da Estação / Fotógrafa: Brenda Marques
Insônia IIQuando acordo nas madrugadaso pensamento vai longeResolvo velhos problemasÀs vezes invento novosCIO DE VERSOSLatejam em mim sons indecifráveisletras embaralhadasLatejam sangue virgemodores, ar perfumadoletras desencontradasOnde o falo organizador?Onde as pausas do entendimento?Onde o movimento?Vento penetra a menteBolhas de ar se instalamLetras se juntam e separamCio de versos diversosno ventre juntam palavrasNascem poema e poetaDesvelo se me escondo em máscaras revelo o disfarce se oculto as raivas revelo o medo se desconheço as mudanças revelo a permanência em tudo que escondo há desvelar de sentimentos Entre FormigasFilas intermináveis seguiam Levavam folhas insetos dissecadosmuitos tão maiores...uns amoresOlhos infantisseguiamTentavam o inícioe o fim da filaQue força para levar tanto!Que encanto!Hoje, quase velhameus olhos seguem deslumbradasem saber aindado início e do fimEntregaDeixe-me adormecer em seus braçosDeixe-me conhecer sua alma em compasso de esperaNossa primeira vez será mágicaDesejo de estar tão junto, tão junto que o interno se encontre e se reconheçaNossa primeira vez não terá pressaIrá construir o tempo certo InsonePloc ploc plocbate a chuva na janelaQuer entrar lavar o quartolevar-me na enxurradaEu, deitada, digo não!Por vingança em seu barulhodiz a chuva: Roubo-lhe o sono!Me ouvirá até amanhã! PARTO POÉTICOO relógio digitalme diz: Hora de dormir!O relógio biológico diz: Hora de descansar!O relógio emocionaldiz: Escreva! Hora de dizerda palavra guardadaque quer nascer!
ResponderExcluirInsônia II
Quando acordo
nas madrugadas
o pensamento vai longe
Resolvo velhos problemas
Às vezes invento novos
CIO DE VERSOS
Latejam em mim
sons indecifráveis
letras embaralhadas
Latejam sangue virgem
odores, ar perfumado
letras desencontradas
Onde o falo organizador?
Onde as pausas do entendimento?
Onde o movimento?
Vento penetra a mente
Bolhas de ar se instalam
Letras se juntam e separam
Cio de versos diversos
no ventre juntam palavras
Nascem poema e poeta
Desvelo
se me escondo em máscaras
revelo o disfarce
se oculto as raivas
revelo o medo
se desconheço as mudanças
revelo a permanência
em tudo que escondo
há desvelar de sentimentos
Entre Formigas
Filas intermináveis
seguiam
Levavam folhas
insetos dissecados
muitos tão maiores...
uns amores
Olhos infantis
seguiam
Tentavam o início
e o fim da fila
Que força para levar tanto!
Que encanto!
Hoje, quase velha
meus olhos seguem
deslumbrada
sem saber ainda
do início e do fim
Entrega
Deixe-me adormecer
em seus braços
Deixe-me conhecer
sua alma
em compasso de espera
Nossa primeira vez
será mágica
Desejo de estar
tão junto, tão junto
que o interno se encontre
e se reconheça
Nossa primeira vez
não terá pressa
Irá construir
o tempo certo
Insone
Ploc ploc ploc
bate a chuva na janela
Quer entrar
lavar o quarto
levar-me na enxurrada
Eu, deitada, digo não!
Por vingança
em seu barulho
diz a chuva:
Roubo-lhe o sono!
Me ouvirá até amanhã!
PARTO POÉTICO
O relógio digital
me diz: Hora de dormir!
O relógio biológico
diz: Hora de descansar!
O relógio emocional
diz: Escreva! Hora de dizer
da palavra guardada
que quer nascer!