Bichinhos nas Nuvens - Áudio livro

Poetisas mineiras começam a escrever poemas após término de casamento co...

Ode aos Antepassados

Em minhas veias mulheres indígenas de São Paulo Potira(s) Bartira(s), Tibiriçá(s) circulam, amam, renascem dançam seus ritmos tribais Ainda geram as forças que impulsionaram seus descendentes à coragem de bandeiras seguirem chegando a Minas Gerais Em minhas veias também soam tambores, surdos africanos deslocados por mares atravessados até se unirem aos povos vindos da distante Portugal e aos indígenas originários pra viverem nas Gerais Em minhas veias, o banzo de quem saudades sentiu alguns aventureiros, outros exilados Buscaram terra nova fugiram de muitas guerras e, sendo judeus asquenazitas buscaram uma vida em paz Em minhas veias um rio e muitos afluentes passaram pela África, Itália, Portugal vieram pelo Oriente Médio navegaram oceanos diversos aportaram em nossas montanhas e aqui fizeram um lar Em minhas veias Sigo Aída guerreira ouço fados e cirandas danço valsas vienenses ou bailo a tarantela Também can-can, flamenco Faço soar castanholas, aprendo a dança do ventre e a sensualidade do Egito guia meus movimentos Em minhas veias, todos navegam Ouço-os, vejo, sinto, imito recebo por herança e agradeço! Biláh Resultado de DNA feito através do My Heritage:

Links na Net

Página da escritora no Recanto das Letras: http://bilahbernardespoeta.prosaeverso.net Livraria Pé Vermelho: www.livrariapevermelho.com.br , onde se encontram à venda, dois PDFs dos livros: FotoGrafias de DesCasamento e SAMonte de Minhas Lembranças

Estudo do poema Vida - por Domitildes de Oliveira

Poema musicado: Vida 

Inicialmente observamos que a escritora omite totalmente a pontuação, conferindo assim um grande dinamismo e ritmo ao poema. Trata-se de um processo largamente coerente na literatura moderna. 

Verificamos como a repetição da palavra "vida" deu ênfase à comunicação! Todo o pensamento concentrou-se neste termo, que é o mais importante.

 A repetição dos verbos traduz ideia dinâmica, de movimento, de ação. Ex. :

 "A vida vai além da sorte"

 "A vida vai além do agora" 

"A vida vai além dos seres"

"A vida vai além de mim"

Notamos o emprego do eufemismo, que a poeta utiliza para suavizar a ideia chocante de morte. Ex.: 

"ela tem muitos nortes"

"sempre haverá outra aurora" ( em todo o poema, a escritora emprega esse recurso)

Há um rompimento do ritmo do poema, quando a artista, depois de suavizar a ideia chocante, se lança, corajosamente, sem medo da morte. Vejamos os versos:

"Pouco importa se sou breve

se a morte espreita-me

A vida vai além de mim

 

  O poeta  nos traz um mundo novo, através da arte. A cada leitura que fazemos,  novas sugestões podemos ter. Quanta novidade nos acrescentou a respeito da vida, o poema em estudo!

                   Domitildes de Oliveira - formada em Letras e Psicologia