segunda-feira, 27 de junho de 2011

Belo Horizonte - Capital Humanizada


Poema ilustrado por Iara Abreu sendo parte de sua exposição Aspectos Urbanos que percorre vários espaços culturais em Belo Horizonte e Contagem e já está programada para outros países da América Latina. A ilustração abaixo mostra o original ilustrado por Iara e fotografado por Bilá.
   Também já foi publicado no livro BH em Verso e Prosa na UFMG e circulou em ônibus de Belo Horizonte, pelo projeto Leitura para Todos.

Capital Humanizada

Morar na capital
sentir-me no interior

Morar na capital
ser reconhecida
reconhecer
pessoas que passam pelas ruas

Cumprimentar e conversar
perguntar pela saúde da avó
pelo rendimento escolar do filho
dar notícias do senhor da esquina
que passou mal
mas já melhorou

Morar na capital
e ter como referências
de localização
um sinal (mais que mapas e plantas)
pessoas e lugares comuns
mercado, farmácia, banca de revistas
a lanchonete onde
se faz suco de açaí
próxima ao Banco onde o gerente
se chama Jaci

Ainda é assim a BH dos mineiros
que se recusam a ser
engolidos e mecanizados
pela modernidade
na metrópole que cresce ligeira
Mantêm a cidade
a serviço dos seres humanos,
faceira.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tecituras, o poema virou música Vídeo - versão II

Significado de Tecitura

 

Quando escrevi o poema, encontrei várias pessoas que sugeriram mudar a grafia para Tessituras. Não concordei pois não falava de partituras, arranjos musicais. 

 

Não quis trocar por Tecido - substantivo masculino - que é algo acabado, pronto; minha intenção foi nomear a ação de tecer. Também nem pensei usar o termo tecelagem que poderia ser confundido com o espaço onde os tecelões trabalham.  

Por isso, mantive Tecituras, com c. 

 

Hoje, encontro o termo em dicionário online, definido como substantivo feminino. 

sf (tecer+ura) 1 Conjunto dos fios que se cruzam com a urdidura. por ext Arranjo, estrutura: Tecitura musical. (http://www.dicio.com.br/tecitura/)

Porém mantenho a idéia de expressar a ação de tecer entrelaçando fios. 

Bilá

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Surdez em Poesia do Brasil




O poema acima foi publicado com erro, não por responsabilidade do editor, mas porque a autora não deletara a primeira versão e, por engano, a enviou para a publicação. Está no volume 6 de Poesia do Brasil, antologia organizada por Ademir Bacca, em Bento Gonçalves, pela editora Grafite e apoio do Proyecto cultural Sur/Brasil, 2007.
Como bem diz Artur Gomes, poesia é inspiração e transpiração. A transpiração é o momento em que trabalhamos o poema procurando a melhor palavra para imprimir o sentimento ou para retirar palavras desnecessárias. É momento de riscar, rasurar, trocar, acrescentar.
Quando li o poema publicado no livro, deu-me vontade de poder voltar no tempo. Não sendo possível, fiz a edição e publico aqui. Para ser fiel, em seguida disponibilizo a versão que foi publicada em Bento Gonçalves.




Esse poema, ilustrado acima, foi publicado na agenda que a Prefeitura de SAMonte ofereceu aos educadores em 2011. Ilustra o mês de Setembro.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Tecituras, o poema, virou música

Cristiano Lima, cantor, instrumentista experiente e compositor de Belo Horizonte,  gostou do poema de Bilá Bernardes e compôs melodia para ele.

Na gravação que  o vídeo reproduz, Malú Aires o acompanha com sua belíssima voz. Malú canta a música de abertura da novela O Clone, da rede Globo e foi parceira de Marcus Viana em vários projetos.

Cristiano imprime contemporaneidade em suas interpretações. Já tocou na noite em BH trabalho no qual dá uma pausa para gravar o CD em que, entre as canções, canta Tecituras, acompanhado de seu violão. Nesta música, acompanham-no Daniel Vianna ao piano e teclado, Edison Elloy no contrabaixo e Jackson Antunes na percursão.